23 de dez. de 2008


Entrou nesse lugar observando tudo,

todos os detalhes e sentia a energia

que emanava...



Seus olhos brilhavam, era algo mágico,

sentia-se muito bem...era como

se todo o seu cansaço fosse

embora num instante....



E ia mesmo embora...



A cada estante visitada recebia o convite

dos livros lhe chamando para que os

descobrissem...



Eles a incitavam para que os abrissem

e explorassem todas as palavras

que neles residiam...



Palavras e imagens

Poesias e contos

Histórias e mitos

Aventuras e suspenses

Viagens e cruzadas

Lugares jamais visitados

Mundos diferentes...



Que só a imaginação dessa moça

tem a permissão de agir...



Esse é o passaporte...usar a imaginação

o que para essa moça era muito fácil, pois

a literatura circula pelas suas veias...



Sim, a literatura faz parte do seu organismo...é vital

para a sua existência...sobrevivência...e

alimenta a sua essência...



Os livros a alimentam, atuam na formação humana

dessa moça que busca incessantemente

respostas que expliquem a sua

existência...



E embora ela não encontre todas as respostas,

encontra na companhia dos livros uma excelente

parceria que a cada página lida alimenta

a sua fome de conhecimento.

19 de dez. de 2008


Pensamentos ligeiros, porém inquietantes fazem parte dessa moça, que diariamente tenta buscar respostas...



Mesmo que não as encontre, pelo menos ela tenta...



Porque é tão difícil usar a sensibilidade?



Qual a finalidade em ser ranzinza?



Porque “ser adulto” significa ser sério a ponto de esquecer de si mesmo?



Porque é tão difícil conservar a criança que existe dentro de nós? Porque a deixamos morrer?



Porque esquecer do olhar? Dos sentidos?



Perguntas que a incomodam, pois lhe são cobradas coisas que estão além dela mesma,

que não fazem parte dela...



E que a fazem mal, fisicamente

e organicamente...



Nesse mundo tão automatizado e rotineiro ela vive num processo complexo em que

diariamente não se permite:

ser dura;

estar ranzinza;

estar cega (dentro e fora);

ser mecânica;

ser insensível.



Ela tenta...



Não é fácil estar nesse mundo e ser diferente...



Como assim ser diferente?

Diferente:

simples;

sensível;

verdadeira;

transparente



e atenta aos detalhes mais simples que a vida mostra...



Pois é, por mais que o mundo exija dessa moça uma postura acinzentada e acimentada, ela consegue acordar a cada dia sentindo-se muito feliz, pois consegue ser ela mesma, ou seja,SIMPLES.