A Lista de Bravo!: Altos e Baixos da Flip 2007
Certa manhã, um conhecido crítico acordou transformado em inseto, como um personagem de Kafka. Usou o nome de sua espécie para assinar o blog mais irreverente da Festa Literária de Parati no site de BRAVO!. A seguir, o melhor e o pior do que o Mosca viu e ouviu pela cidade
* por Mosca
Os Destaques
Will Self: o escritor inglês botou fogo na Tenda dos Autores ao tecer uma saia justa com seu entrevistador, o jornalista Arthur Dapieve. "Todos na platéia perceberam que temos um caso", disse Self, usando de seu humor britânico.
A crítica Barbara Heliodora e a escritora sulafricana Nadine Gordimer: ambas nascidas em 1923, desfilaram, teclaram e seduziram como fazem as moçoilas na flor da idade.
Panteras no Porão: tema do civilizado e elegante diálogo travado por Nadine e o israelense Amós Oz. Mostraram que as palavras, sobretudo as faladas em público, não precisam baixar ao nível da violência, da injustiça e da ignorância soltas por aí.
Os Micos
Robert Fisk: o jornalista inglês errou de endereço. Veio parar na Flip quando, na verdade, estava agendado para uma convenção do Guiness Book, na qual seria anunciado o recorde de crônica de guerra mais caudalosa (1.490 páginas) e sonolenta da história do jornalismo.
Guillermo Arriaga: o roteirista mexicano acabou eleito o mala da Flip pelo conjunto da obra, cujo título mais relevante foi o bordão "não sou mauricinho, sou malandro", com o qual ele pretendeu expressar seu profundo conhecimento da sociedade brasileira.
Caldinho de pato no tucupi: cardápio do almoço oferecido por dom João de Orleans e Bragança ao Nobel sul-africano J. M. Coetzee. Difícil distinguir o que estava mais insosso, se o caldinho ou o convidado de honra.
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