13 de nov. de 2008


Esse poema foi escrito por um amigo que tenho um grande carinho, meu querido Luciano. Visitem o seu blog: http://poesia-urbana.zip.net

Ao final, registro a catarse que o poema me causou.



PARTO DE SI


Dar-se à luz,

em meio às dores,

ao que de si, aos amores,

é o melhor a dar.

Dar-se à luz,

de repente,

ao que estranha muita gente,

acostumada a ver,

o que lhes dá prazer.

Dar-se à luz

ao novo,

que não mais pede o socorro,

do consolo inútil da paixão.

Dar-se à luz,

agora,

ao que liberta, sem demora,

dos grilhões que, outrora,

escravizavam o coração.

Dar-se à luz,

sem medo,

ao que em seu segredo,

anseia em desejos,

de ser,

sem receios,

você...



Dar-se à luz,

que de dentro de suas entranhas

descubra seus espantos e encantos

Que desprendas de teus escudos

Recomece o seu tear e que

nesse momento intenso

vivencie de forma que

nem você mesmo se conheça

e concretize suas emoções

sensações...

experimente suas texturas

delicie-se, encante-se, apavore-se

para redescobrir-se

e permitir-se


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